segunda-feira, 25 de novembro de 2013

a entrega: uma experiência como escravo sexual

Iniciei uma vivência que há muito senti necessária para o meu crescimento. Iniciei uma experiência como escravo sexual. É uma pequena experiência, uma primeira aproximação ao mundo BDSM, de 3 sessões de aproximadamente 2 horas cada em dias separados. Trago agarrado ao corpo uma corrente de ferro fechada a cadeado, cuja chave está na posse do meu mestre. No final do tempo contratado entre nós esta corrente será tirada.

Além desta corrente deveria ter também um dispositivo de castidade no meu pénis durante toda a duração da experiência, mas os meus colhões são demasiado grandes para todos os anéis dos vários dispositivos que ele possui. Ele confia que eu não vou servir-me do meu pénis, que não vou acariciar-me nem vou estar com mais ninguém durante  período do contrato. Confesso que me aliviou o facto de não ter que andar com um chastity device durante uma semana, além da corrente, mas ao mesmo tempo fiquei um pouco desiludido. É que me tenho vindo a preparar, lendo tudo o que posso encontrar na net, para usar aquele dispositivo e já começava a sentir tesão só de pensar que iria ter um lembrete constante agarrado ao meu pénis, que me iria provocar ereções constantes que seriam meio dolorosas por estar o pénis constrito.

Tive a minha primeira sessão ontem, de forma mais ou menos inesperada. Tinha agendado com o meu mestre realizarmos as três sessões só na próxima semana, na segunda, na quarta e na sexta feira mas ele disse-me que me queria já ontem e que poderiamos fazer as sessões todas esta semana. Eu acedi, claro!
Ao dirigir-me a sua casa podia sentir o meu coração muito acelerado e um frio no estômago: a ida para um caminho desconhecido. Quase uma hesitação misturada com excitação, muita excitação. Abriu-me a porta, cumprimentou-me com um aperto de mão educado e condiuziu-me a um pequeno quarto, muito pequeno, um uma janelinha no alto. O quarto tinha um banco alto onde ele se sentou e um tapete vermelho, redondo, em frente onde me colocou. Disse que me despisse e assim o fiz. Disse que me ajoelhasse no tapete ficando à sua frente e num nível mais baixo, só lhe vendo os pés. Perguntou-me de não me queria arrepender logo de início ou se queria seguir em frente. Colocou uma capa dura com folhas brancas e uma caneta à minha frente no chão. Começou a rodear-me e a tocar-me perguntando várias vezes se eu tinha a certeza do que estava a fazer e se queria mesmo avançar. Disse-lhe sempre que sim.
Mandou-me pegar na caneta, abri-la, e ditou-me os termos do contrato de escravidão, onde eu lhe cedo os direitos do meu corpo durante o tempo acordado e em que me comprometo a cumprir o contrato até final. Assinei por baixo de "o escravo" e ele assinou por baixo de "o mestre".
Depois colocou-me a corrente no tornozelo que devo manter até final do contrato dia e noite (é ele quem guarda a chave...). Depois foram se seguindo vários cenários em que eu o servi. Foi-me falando dos deveres e dos benefícios deste tipo de relação, para mim. Foi-me falando da necessidade de me entregar completamente, de confiar completamente na sua pessoa, pois é o único ser que me pode valer, que me pode cuidar, que me pode infligir dor e prazer. Esta entrega leva, supostamente, a uma libertação, libertação minha de estigmas, de papeis sociais, de máscaras. Esta entrega leva-me a conhecer-me mais eu.
Colocou-me uma coleira no pescoço e prendeu tiras de cabedal com ganchos em volta dos meus pulsos e tornozelos. Levantou-me e prendeu as minhas mãos uma à outra e atrás da cabeça. Encostou-me à parede e perguntou-me se sabia contar até 20. Disse-lhe que sim. Foi quando senti a primeira chicotada no rabo queimar-me a pele. E contei "um". Foi-me acariciando os vergões escaldantes, beijando-os e encostando-se a mim, enquanto me infligia as 20 chicotadas. Depois percebi que usou uma régua de metal. O meu corpo começou a tremer ligeiramente, senti a minha energia sexual a crescer momento a momento e fui alimentando tudo isto com respiração, respiração circular em que a inspiração se liga à expiração sem paragem. Deixou-me ficar por algum tempo encostado à parede, a tremer ligeiramente. Deixou o quarto e voltou pouco depois, sem dizer palavra.
Depois colocou-me de joelhos, com o tronco sobre um banco, de pernas abertas e com os pulsos presos às pernas do banco. Colocou-me uma venda dura nos olhos e cobriu-me a cabeça e cara com uma máscara de pano, deixando somente um buraco para a minha boca. Começou então a alternar passagem de gelo nas minhas costas e nádegas com pingos de cera. A alternância de sensações no meu corpo, o frio intenso e o extremo calor da cera a cair na minha pele, a respiração circular que mantive o tempo todo, a exposição do meu corpo, de ânus aberto e mãos presas, indefeso, tudo foi intensificando as sensações que me percorriam. Depois, então abriu-me o olho do cú, primeiro com os dedos, com vários dildos e depois com o seu pénis. Foi aqui que me comecei a entregar ao sentir, ao sentir pleno. Comecei a expressar o meu prazer com o meu corpo, entregando-me aos vários castigos que me infligia. Comecei a ter prazer! Ondas de prazer percorreram o meu corpo todo e queria mais, mais sensações, dor e prazer. Deixou-me, mais uma vez, sozinho no quarto, na mesma posição vulnerável, entregue aos meus espasmos, ao meu sentir.
Voltou, tirou-me a máscara, falou comigo e prendeu as minhas mãos aos meus meus pés com correntes ficando eu de joelhos. Sentou-se à minha frente, com o caralho duro ao nível da minha cara e ali ficou um minuto acariciando-se. Eu percebi que estava ali para lhe dar prazer e o servir. Servi-o com a minha boca como pude durante o tempo que quis. Depois, a torcer-me os mamilos, veio-se no chão. Eu deixei-me ficar encostado a ele, como no colo de quem cuida de nós, de quem nos protege e providencia.
A sessão terminou. ele limpou-me, disse que me vestisse e conduziu-me à porta, lembrando o próximo encontro.
Durante todo este tempo sempre me tratou com muito carinho, sempre me ajudou a sentar, a levantar, nunca me agrediu de forma descontrolada. Quando me infligiu dor fê-lo de forma premeditada, com jeito, quase com carinho diria. Fe-lo como alguém que cuida de algo precioso, de algo que preza, de algo de que gosta.
No momento em que percebi que estava ali para lhe dar prazer e que ele me iria retribuir sempre com mais prazer e que iria cuidar de mim como de uma coisa preciosa, foi quando me permiti ter prazer. Deixar-me ir foi muito libertador, deixar de lutar, deixar de ter pose, deixar de ser quem eu pensei que estava a levar para ali. Ele disse-me, no final, que iria trazer acima o que mais sincero há de mim. Estou pronto para me entregar ainda mais na nossa próxima sessão, que é já amanhã.
Fiquei com imensa energia vital. Fartei-me de fazer coisas no resto do dia e no dia seguinte acordei com a sensação de estar mais em mim. Que venha o dia de amanhã.


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